terça-feira, 24 de agosto de 2010

JEHTRO TULL



Estava a pensar sobre o que iría escrever desta vez. Entre o metal extremo e o demoníaco, tive cem ideias. Entretanto o queridinho do papzz telefona-me e diz que um amigo dele, provávelmente dos tempos da droga, gostava de me ver escrever sobre Jethro Tull. Ena pá, disse eu, mas alguém escreve sobre uma banda que não arranjou mais nome nenhum senão o do inventor da semeadeira mecânica. As coisas que eu sei… tudo porque o papzz em vez de ir pró futebol com os amigos, passava a vida a contar montes de histórias das coisas mais diversas a mim e à minha irmã.
Bem, então, dedicado ao Pedro Pereira a quem agradeço pelo tempo que perde a ler isto, aqui vai a minha visão da história de Jethro.
Minstrel in the Gallery é o que me atraiu para a banda. Para mim Jethro, a principio, é dificil de se gostar. É como se houvesse um estilo que nunca tivesse sido classificado.
A banda começou nos anos sessenta, sendo fundamentalmente uma banda do circuito de bares. Para conseguirem actuar mais vezes, usavam nomes diferentes. O nome definitivo só fica quando em 1968 assinam finalmente um contrato para a gravação de um disco.
A figura fundamental da banda, pelo seu carisma, é Ian Anderson um escocês que vivia em Blackpool e que trabalhava num centro comercial como assistente de vendas. Entretanto como não se adaptava bem ao cargo foi trabalhar para uma banca de venda de jornais. Li um dia na Melody Maker que ele aproveitava os intervalos do trabalho para pensar em música e compor umas coisitas. Estava-se em 1962 quando a coisa se tornou imparável. Tinha que fazer uma banda e depois de se reunir com uns amigos, nasce The blades, onde tocavam fundamentalmente soul e blues. Algo não funcionou e Ian separa-se dos Blade ao fim de dois ou três anos. Os Blade mudam de nome, adoptando o do teclista John Evan, aliás, John Evan Smash.
Entretanto Ian muda-se para Luton, onde conhece Mick Abrahams, um vocalista guitarrista que vinha de uma outra banda de sucesso muito relativo, os McGregors Engine. Junta-se também Clive Bunker, baterista, e John Cormick, amigo de John Evan que era baixista. Não sonhavam que iríam partilhar os quarenta anos seguintes.
Ian tinha uma vontade muito séria de ser guitarrista mas desistiu da ideia por considerar que nunca conseguiria tocar tão bem como o Eric Clapton. Altamente mesmo, foi por causa disso que trocou a guitarra pela gaita de beiços… cool! Ainda bem que não lhe deu para tocar campaínha de porta ou de passagem de nível. Vá lá que com o passar do tempo desatou a tocar outros instrumentos, e muito bem.
Em disco ou ao vivo é clara a evolução, já que aparece agarrado a saxofone, banjo, teclados e, é claro, pifaro. Fora de brincadeiras, será mesmo que se não fosse esse dia tenebroso em que o Ian viu o Eric Clapton no festival de Newport, a banda tería sido o que foi?
Parte da projecção da banda dá-se nos pricípios dos anos setenta por causa de um album muito bonitinho que o papzz tem lá na casa dele e que dá pelo nome de Aqualung. Por acaso o Ian tinha-se casado mais ou menos com uma fotografa, a Jennie Franks que escreveu quase todas as letras desse album; deu muito jeito.
Ian fartou-se de ouvir a fotografa, especialmente depois de ter conhecido um serzinho muito belo que dava pelo nome de Shona Learoyd, que além de ter um corpinho para usar roupa com números pequeninos, também foi uma forte inspiração para que Ian assentasse. Dessa eterna ligação nasceram dois filhos. Um rapaz que depois de grandinho também se dedicou música e uma filhota toda virada para o cinema.
O último album saíu a solo em 2005 com o título Ian Anderson Plays the Orchestral Jethro Tull.
Lamento mas não sei porque é que escolheram para a banda o nome Jethro Tull, o inventor da máquina de semear, mas que neste caso o nome foi uma sementeira de exitos de um valor superior na criatividade musical.
Já chega Pedro?... ok vou escrever agora sobre uma banda onde ninguém toca pifaro, os Amon Amarth.

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