sexta-feira, 27 de agosto de 2010

ICE T








Em 1994 o Ice T escreveu um livro intitulado, “Who Gives a Fuck?”, que traduzido para português pelos tradutores da nossa televisão significa “Quem quer saber?”
Era esta cena que eu estava a ler no intervalo do trabalho, porque isto de escrever criticas musicais não dá dinheiro no nosso país; nem para ir aos concertos. Foi aí que me lembrei de escrever sobre este senhor que até é um dos meus idolos.
Bem, então o Ice T nasceu em 16 de Fevereiro de 1958 e é reconhecido por ser músico rap. Antes, do tempo dos gangs rap, era conhecido por Kop Killa, traduzido de uma forma agradável, o Assassino de Chuis.
Os seus temas foram sempre carregados de violencia e dureza, asneiredo, prostituição, drogas, pronto, recheadas de verdadeiro American life stile.
Embora tenha já participado em dezenas de filmes e séries de televisão, onde me parece mais estável é no Lei e Ordem, Law & Order: Special Victims Unit, que passa num canal de cabo e que foi para o ar a partir de 2000. Nessa série faz o papel do detective Odafin "Fin" Tutuola. Claro que o que eu mais gosto é quando ele desata a abrir nos mausões.
Ups, esqueci de começar por vos contar que o nome dele é Tracy Morrow. Os pais, o Salomão e a Alice viviam em Newark, nos suburbios, é claro. Entretanto ainda ele era pequeno quando os pais foram viver para Summit, na mesma no Estado de New Jersey. Quando ele andava na terceira classe, a mãe morreu de ataque cardiaco. Quando ele andava no sétimo ano, o pai, para variar, morreu de ataque cardiaco. Já agora, a mãe era mestiça e o pai criôlo. Na realidade é quase o mesmo mas por isso é que ele ficou com aquele tom de pele a que os senhores norte americanos chamam de afro americano.
Este texto é uma espécie de rima branca aplicada à prosa; fixe.
Depois do pai morrer, o Tracy foi viver com a tia pelo lado desse pai, para Los Angeles tendo ido para uma escolinha daquelas ... Crenshaw High School in South Central Los Angeles. Devo referir que nos piores momentos do tema Born Dead, Nascido Morto, da Banda Conta Cadaveres, ele cita South Central como um dos locais possíveis para tal facto; o do titulo da canção.
Bem, mas antes disso ele passou por uma experiencia que não gostou. Foi passar quatro anos na tropa, no 25 de Infantaria. Antes da tropa tinha tido uma relação com uma “Born Latina”, que lhe serviu para a capa dos dois primeiros albuns. Ao ver as capas andei a tentar contar pelos dedos as peças de roupa que ela trás vestidas... mas que a fulana é muito gira, é.






A "Born Latina" é esta aqui...




Fui vasculhar no MySpace dela e uau. Bem ele e ela fizeram alguma ginástica e tiveram um filho que nasceu em 1992. Entretanto em 2005 o Ice T tornou a casar com uma rapariga literalmente despida, desta vez um modelo de fatos de banho, que fazem lembrar moda para praias de nudismo, a Nicole “Coco Marie” Austin.


Pá, nem resisto a por uma foto do Mr T na praia... this stuff is goood.

Desde 1984 que ele escrevia Rap, mas foi em 1986 quando Seymour Stein, que devia estar bebado, o comparou com Bob Dilan. Assim o Ice T entra para a editora Sire Records. No ano seguinte sai Rhyme Pays, patrocinado por um grupo de senhores afro americanos, o DJ Evil E, o DJ Alladin e produzido pelo Africa Islam, que o orientou no som. O disco foi imediatamente disco de ouro. Atenção que na America é preciso vender muito mais que o Emanuel para ser disco de ouro.
Nesse mesmo ano o grande realizador Dennis Hopper convida-o para fazer um tema para o filme Colors, um filme sobre a vida “interior” de Los Angeles.
Em 1988 lança o primeiro album da sua própria editora, a Rhyme Sindicate.
The Iceberg / Freedom of Speech Just Watch What You Say é um hino de discurso, cor, rima, abrasividade, choque, realidade sem limite ou rodeios.
Este album estabeleceu definitivamente o seu nome.
Em 1991 O.G. Original Gangster vai subverter ainda mais o sistema já que com este album ele vai criar a definição do “gangster rapper”. É neste trabalho que aparece pela primeira vez a sua banda de suporte, os Body Count, classificados como de heavy metal.
O primeiro tour de Ice T com a banda é em 1991. É a partir daí que rompe com a sua conotação expressa de rapper negro, encontrando uma nova série de fãns no meio dos jovens brancos da classe média.
Participa com um monte de músicos de áreas diversas no projecto "Back on the Block", uma ideia do Quincy Jones, para colocar diversos tipos de som a actuar em conjunto. Ganha um Grammy na classe de melhor interpretação de rap em duo, num tema onde participam até Ray Charles e o próprio Quicy Jones.
Quase que se trama por causa do tema Cop Killer por causa da controvésia gerada pelo tema sobre o envolvimento da policia e sua consequente acusação num caso de brutalidade racista. Por causa disso a Time Warner recusa a publicação de um novo album. Assim, para resolver a situação, reactiva a sua editora, a Rhyme, e produz o disco com o apoio da Priority Records que trata da distribuição. É assim que Home Invation vê a luz do dia.
Na Billboard Magazine o disco salta imediatamente para nono lugar na classe de R&B/Hip Hop.
O Ice ainda tocou com bandas de Metal e no Final Judgment Night fez um dueto com Slayer. Também participou em trabalhos dos Black Sabbath.
Na capa do novo album de 2006, Gangsta Rap, o primeiro desde 1999, aparece na capa com a nova mulher, a tal do fato de banho eventual, com uma das pernas em cima dele, numa forma considerada pelos americas como “sugestiva”... Isso levou uma vez mais a umas dificuldades de distribuição. Afinal é normal de um povo a quem a educação não permite este tipo de imagens mas tens sites onde filhos tem sexo com as mães...
Mesmo assim as criticas foram brutais, eu comprei e gostei mesmo.
Já tou farta de escrever mas o De Andre Cortez fez um trabalho, Crank That, que o Ice criticou à brava por ser uma bostada destruidora do Hip Hop quando comparada com trabalhos de Rakim, Das EFX, Big Daddy Kane and Ice Cube .
Puf ! ... e sabiam que em Julho o Ice T, por ir a conduzir o carro em Nova Iorque à pressa para levar o cão ao veterinário, foi preso por andar sem cinto de segurança?
No que diz respeito à sua posição politica é importante o momento em que se manifestou abertamente contra a CIA no seu envolvimento com o tráfego de droga no escandalo Iran Contra, bem como no que diz respeito à Guerra do Golfo, ou à invasão do Iraque.
Embora não entenda as virtudes de viver no Gheto, mesmo assim nunca foi propriamente um apologista de o deixar, criticando até pontos de vista do Ice Cube que acha que é mesmo preciso sair.
Embora nos motins de Los Angeles a sua participação como mediador do conflito tenha sido essencial para o entendimento dos gangs que durante dias lutaram entre si, com a polícia, e aproveitaram para sacar e destruir alguns bairros, a sua atitude politica abrandou depois de escrever em 1994 o tema Born Dead, lançado no álbum dos Body Count nesse mesmo ano e já referi.
Xô! Acabou

Desta vez até ponho a história aqui antes de sair no jornal, não vá a censura caír-me em cima; kool

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