sábado, 12 de setembro de 2009

Referencias para um sentimento.




Na minha história sobre o Vila Metal referi duas bandas entre todas as muito fixes que lá estiveram.
Refiro-me a Hacksaw e a The Oracle. Não fiquem lixados porque o Blog é meu e não vou deixar de gostar dos outros um decibel por causa de falar destes.

É que tinha que voltar ao tema depois de me virem chatear com opiniões pessoais em que me querem democráticamente obrigar a mudar a minha opinião.

Vou começar por falar de BloodSwapp... pá, pessoal, pra mim este é um tema de amor, é uma canção de amor.
Não falei com o Lisboa sobre isto, nem vou falar, porque quando chego ao pé do pessoal das bandas sínto-me tão minima que só me apetece gritar. Mas se lermos a letra com atenção e retirarmos a componente sexual que vai nos cornos de uns quantos, pá, isto é amor, uma entrega, uma submissão, uma troca de sangue que se pede por tudo em qualquer dimensão, da mais cardíaca à mais negra.
Está no apelo dela. È latente... She is on her knees, asking please, she wants more, load on her mouth, she wants it, she needs it, she’s asking please, Bloodswap.
She’s asking please é quase implorar de olhos fechados por um desejo.

De uma forma geral todo o album Rise and Disobey é um acto de libertação e respeito pela existencia. As palavras finais do tema In Corpus são bem a prova disso no verso em que se diz, Disobey, revolt your way, free yourself, let god have a birth. Chegar ao ponto de pedir para deixar Deus conceber... é acima de todo o sentir.é aquilo a que chamam liberdade dentro dos canones existentes ser convertido totalmente em prol da liberdade real.
. . .

Bem, passando agora para The Oracle para quem dedico uma palavra de apreço especial para a Micaela, que sei que conheceu o meu Papzz por minha causa, quer isto dizer, parece que foi por causa das minhas fotos e da minha irmã, no Space dele, mas também para o meu outro ser preferido da banda, o vocalista, o Pedro Silva.
Obrigadão que vocês todos autografaram essa obra extra que é o Metaphortime mas o Papzz passou-me o Secret e gostei muitos dos poemas, da sua profundidade e inteligencia de conteúdo.
A minha corajosa alma que fica para aqueles que a vêem é uma conformização com o possível limitado a alguns. A alma dissociada do corpo porque das dúvidas de actos de amor é a alma que sobrevive. Pá, posso tar errada e toda baralhada mas é assim que entendo.
Em Secret passa-se do mistério do sentir pessoal para a dúvida exterior. Um lugar onde ía mas que só em sonhos é que lá podia ir, um local verde, onde a alma era livre num local cheio de ar puro.
Mataphortime revela-nos uma evolução clara. Um dos temas que mais me agradou foi The Great Masterpiece onde The pain of a sick heart, a cool breeze under my spine, ... All this time, all this hate, all this sadness, I still feel this, Love inside, Love you left in me… isto quando The day will arrive, they will rise. Uma formula de amor é transmitida de uma forma extrema.
A voz da Micaela parece-me ainda mais bem enquadrada.

Uma banda do metal extremo e outra do gótico conseguiram em conjunto dar-me um abraço de emoção e calor.

Keep Metal, como diz o Papzz

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Vila Metal, A Cidade do Metal por uma noite
















Por vezes fazer uma crítica ou meramente dar a sua opinião sobre um evento pode conter os contornos mais estranhos e inesperados.
Era minha vontade ir ao primeiro VilaMetal na barragem de Vilarinho em 5 de Setembro. Depois uma série de acontecimentos fizeram com que eu não pudesse ir.
Para o meu pai foi uma tristeza porque eu sei que o pobrezinho sem mim se ía sentir abandonado. Mesmo assim serviu-lhe o consolo fazer umas belas fotos ao pessoal que esteve lá a tocar.
Desta vez o meu comentário vai de uma forma mesmo invulgar. É escrito a partir das minhas impressões sobre o que ouvi pelo telemóvel, por aquilo que o Papzz contou, por aquilo que sei da organização.
Pois este foi o primeiro Vila Metal. Esta é mais uma das cenas do Luís Lisboa que impavido e sereno corre o terreiro frente ao palco, sempre com um sorriso e carregado de boa vontade.
Realmente o som esteve um pouco aquém do que o evento merecia mas em contrapartida as bifanas na zona de alimentação estavam mnham; brutais.
O Vila começou ainda era dia com os Konker Under Pain, uma banda de Santo Tirso que já se chamou Grounded. A malta é meio Dead Metal e tería brilhado mais se não fosse a tal cena do som que os tramou e que fez com que nem pudessem tocar todo o alinhamento planeado. Bem, seja lá como for, a verdade é que para a história eles foram a primeira banda a tocar num Vila.

Logo de seguida veio a banda do Luís Lisboa, os Hacksaw. Foi a primeira hipótese da noite de ouvir a única guitarrista gaja no Fest, a Susana no baixo, que também toca nos Final Mercy. O Lisboa e o Luís Barroso, o baterista têem já uma longa experiencia em conjunto tendo chegado a ser “colegas” nos Daemogorgon e nos Bloody Tears. Os temas do EP foram todos ouvidos caíndo a minha preferencia para Bloodswap. She is on her knees, She’s asking please, Bloodswap, Bloodswap, On her knees asking please, She wants more load on her mouth, She’s asking please, Bloodswap, Bloodswap…
O ritmo melhorou e é a vez dos The Godiva que entraram em palco cerca das 21:30.

The Godiva ! Já faz uns anos que o Papzz me obriga a ouvir este pessoal de Famalicão.
Isto quer dizer que aprendi a admirá-los e como montões de vezes me acontece, o vocalista sobresai. Eles são todos muita fixes mas o Pedro tem aquela alma que sabe mesmo transmitir bem o que vai naqueles poemas.
Tenho que referir uma cena que mostra como é a atitude destes men. No principio com aquelas cenas dos problemas do som o Aurélio foi ajudar os Konker Under Pain no sound check e o Sérgio que emprestou o seu Roland ao Duarte.
Cena kool foi o apoio dado à banda pelo pessoal de Guimarães que mostra bem que no metal não há fronteiras.

Os Final Mercy trazém um som que tem vindo a crescer. Gosto muito do Zé Pedro e ainda me lembro del quando estava nos Pitch Black. Bem, o Ricardo na guitarra e o baterista, o Miguel, também vieram de outra banda os Godiva. A Susana ao menos está aqui e nos Hacksaw, embora me pareça que esteja melhor aqui nos Final que nos Hacksaw. Talvez seja a potencia do Luís Lisboa que se sobreponha à própria banda... talvez seja do próprio som e das formas como consegui ouvir. Bem, se o Luís lê isto, lá se vai a ração de bejeca grátis no próximo fest e xau bezana.
Voltando aos Final fica uma opinião que uma vez mais refiro que está muito dependente da forma como pude ouvir. Penso que das bandas da noite esta foi a que trouxe mais referencias ao Dead Melódico.

Bem e depois acabadinhos de chegar de Santa Maria da Feira, os Revolution Within.
Já há uns tempos que eu ía ouvindo aqui e ali umas cenas deles mas nunca liguei muito.
Gosto muito da atitude muito expressiva do Raça enquanto vocalista. Também admiro a pose dos guitarras que funcionam muito bem entre si. No entanto a bateria nas mãos do Shaq tornou-se para mim mais atraente.
Pessoal, estejam atentos que em Outubro sai Collision, finalmente o Album de originais da banda lançado pela Rastilho.

A propósito de comprar música e cenas das bandas, o Lisboa abriu em Guimarães no Centro Comercial Castelo uma loja. Não gastem tudo na bezana e vão para lá e gastem a massa toda em Metal. Papzz, lembra-te da filha querida amor, e ... eu mando-te uma lista do material.

Os Switchtense tinham dito ao Papzz para ir para o headbang e para as cervejas. Ora como ele ainda tá a deixar crescer o cabelo, foi tratar da tosse com cervejas, enquanto o Hugo uma vez mais foi sublime. Pá, ele e o Karia são para mim o máximo. Man, eu sei que a banda são todos e vocês são verdadeiramente Metal, mas eu aprecio muito aqueles seres.
O que me chamou mesmo atenção para eles foi mais uma daquelas vezes em que o Papy trouxe um cd e disse... sai da cama gaja e vai ouvir esta cena. Eu olhei e disse... Brainwash a esta hora?
Pois Brainwash já deve ter uns quatro anos e é um EP muito interessante.
Pá eu sei que falar assim é chato e até o outro dia o António Freitas, o génio do Metal, dizia no Submarino que existem para aí umas mil bandas de bom metal nacional. Por isso é difícil estar a classificar. Eu só digo que é bom. Já agora, para quem não sabe, o Submarino é aquele programa da Rádio Sem Piada, aliás, Rádio Santiago, feito pelo Jorge e pelo Rui Melo em que o meu Papy participa e que as únicas coisas em que tão de acordo é que o Metal obriga a muita cerveja, sempre e em qualquer lugar. Bezana se possivel. No resto também tão de acordo mas o Metal e a cerveja tão à frente.
O album novo, Confrontation of Souls é isso mesmo. Um confronto de almas que obriga a ler atentamente o inlet com as letras. Sintam-no.

Em nem devia falar dos Thee Oracle. Tou montes de sensibilizada por toda a banda ter autografado para mim o Metaphortime. O terceiro album da banda, lançado em Outubro do ano passado e que se seguiu ao Ep Secret de 2007 e a um release de Demos, o Sight Poin de 2005. Para mim a figura mitica, sem desprimor para o resto do pessoal, vai para o Pedro Silva. Depois ainda há a voz do Ricardo que além daquela inesperada voz também é muito girinho. Já agora o Papzz prefere a Micaela... lol; Tanga. Fora de cenas, a Micaela é mesmo imprescindível. Esta foi a outra mulher no Fest. É mesmo bué da mau que haja tão pouca gaja no Metal. Safa-se a cena por causa do Gotic, mas mesmo assim é mau.

E agora? Ainda tenho que falar dos Pitch Black? Pá, não sei se deva. Afinal tenho o vosso material todo mais o merchandising; até mesmo a palheta que custa 1 Euro.
Pois já vai a caminho de quinze anos que Pitch inceideia Fests com Metal.
Esta é a única banda em que não aprecio tanto o vocalista. O Tiago é muito giro mais tá muito vedeta. Não precisa mesmo porque vocalmente veio mesmo encaixar bem na banda. Os meus gitars favoristos na banda são o Ricardo e o Daniel. Passo mesmo o tempo a ver os dedos deles correrem as cordas.
Pá, Pitch é Pitch, mau mesmo é poder ouvi-los e não o fazer; a bem do nosso Metal.
Foi mesmo a cereja em cima do bolo e tendo tido o Vila a organização que teve, pese os pequenos problemas, é mesmo certo que para o ano que vem, vai haver mais e ainda melhor.
Pode ser que os papalvos que estavam no cimo do morro e no muro da barragem a ouvir sem pagar para o ano venham comer bifanas, beber cerveja e ouvir um bruto metal.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Forgotten Suns



Quatro anos passados depois do lançamento de Fiction Edge I, digam-me lá que é fâ de Forgotten Suns, uma das mais representativas bandas de rock/metal progressivo nacional, nascida em Lisboa em 1991.
O meu Papzz apresentou-mos, e eu vi logo que era mais uma daquelas cenas brutais que ele conhece. Não me admira. O meu pai contou-me que numa conversa com o António Freitas, ele lhe referiu a existencia de mais de 1000 bandas referenciáveis no Metal nacional... quantas se ouvem nas rádios que não sejam aqueles raros que têm a sorte de cair nas graças de alguém, ou uma ou outra que tenha uns amigos, ou amigas boas, na Tv.
Forgotten simplesmente não podem ser esquecidos. O tributo aos fâs foi completamente dado com o lançamento que se seguiu, Snooze; brutalmente conceitual em versão dupla. Todo o conjunto de sons em misto com os coros acaba por ficar a navegar na nossa memória. Os arranjos da parte instrumental descontraiem perfeitamente pela sua solidez.
Um dos temas que prefiro é Strange Affair With the Night que nos trás um som muito urbano, carregado de sexta feira ao fim da tarde. O som do solo da guitarra tem uma interligação muito quente com a bateria e o baixo.
O poder da imaginação entra em hot com Dream Killer. São vinte minutos de emoção continua. O último tema do disco 1, é mesmo a obrigar a ouvir o segundo disco.
Struggle é para ouvir e ouvir e ouvir. Fogo, é muito altamente. Mais treze minutos de fechar os olhos e sentir lágrimas. Mas se vamos pensar em coração a bater o Angel´s Embrace não existe. Pá, obrigadão pessoal.
Na história do progressivo isto é prá frente.
Voltando à pergunta inicial, quem é fâ de Forgotten Suns? Todos os que se aqueçam no seu som.
A banda actuou há dias na Aula Magna em Lisboa e em Santa Maria da Feira.
Entretanto,os Forgotten Suns estiveram num dos mais importantes festivais progressivos do ano o "pRockfest" na Alemanha onde actou com bandas como os Flower Kings, Pendragon e os Riverside.A banda de Ricardo Falcão,está ao mesmo tempo,a trabalhar no terceiro trabalho dos Forgotten Suns, Innergy. Saíu com lançamento mundial em 3 de Março excepto para Portugal. Mais um pouco e tinha que ir comprá-lo no Benin, ou no Nepal


Mónica Lindo

AFTER FOREVER




After Forever é uma outra banda Holandesa que mistura metal sinfónico, metal progressivo e power metal, e baseia-se no uso de vocais sopranos e «death grunts». A sua música também é influenciada pela música clássica.
A banda After Forever foi originalmente formada em 1995 sob o nome Apocalypse, sendo o seu género musical orientado para o «death metal». Com a entrada da vocalista Floor Jansen em 1997, o estilo da banda mudou para dar mais ênfase à sua voz. Até aquele momento a banda era composta por Floor Jansen, Mark Jansen, Sander Gommans, Luuk van Gerven, Jack Driessen e Joep Beckers.
Em 1999 a banda começou a compor canções próprias e gravaram dois demos intitulados «Ephemeral» e «Wings of Illusion», que logo chamaram atenção da editora Transmission Records, que assinou contrato com a banda.
O álbum de estreia, «Prison of Desire» é lançado em 2000, e teve, como convidada a vocalista Sharon den Adel, a qual participou na canção «Beyond Me». O álbum teve um «feedback» altamente, o que foi um grande avanço para a banda. Ainda em 2000, o baterista André Borgman juntou-se à banda, substituindo Joep Beckers, e no final do ano o teclista Lando van Gils substituiu Jack Driessen.
Em 2001 o álbum «Decipher» foi lançado. Floor Jansen foi convidada para cantar nos Ayreon. Em 2002 Mark Jansen sai do After Forever, monta a banda Epica, e é substituído por Bas Maas. No ano de 2003 o After Forever lançou o EP «Exordium».
Em 2004, o álbum conceptual «Invisible Circles» foi lançado. Este chegou a alcançar o 26º lugar no Top 100 holandes. No mesmo ano, Lando van Gils deixa a banda e é substituído por Joost van den Broek.
No início de Setembro de 2005, foi lançado o álbum «Remagine». Em 3 de Março de 2006, a banda deixou a editora Transmission Records, devido a uma promoção bué má. Em Outubro desse mesmo ano, eles assinaram com a Nuclear Blast Records.
No final de 2006 a banda gravou um novo álbum, intitulado «After Forever», que contou com as participações de Jeff Waters, guitarrista da banda Annihilator e da cantora alemã muita doida, Doro Pesch. O álbum foi lançado dia 20 de Abril 2007. Nesse mesmo ano, o guitarrista Sander Gommans sofreu uma espécie de colapso nervoso, chegando a ter convulsões dentro de um avião.
Alguns espectáculos foram feitos com a participação de George Oesterbroek dos Orphanage, mas todos os membros concordaram que não seria justo a banda continuar sem um dos seus principais membros. Deste modo, a banda decidiu dar uma pausa de aproximadamente um ano, até que o guitarrista se recupere totalmente.


Mónica Lindo

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Ouvem-se tambores no Céu






Estava a pensar escrever sobre o Robert Palmer, aquele que começou um dia a tocar com a Elkie Brooks, numa banda chamada Vinegar Joe, quando, repentinamente, descobri algo muito triste. O Cozy Powell morreu.
Estava eu quase a ir à Expo 98 quando tudo isto aconteceu. Faz agora dez anos, no dia 5 de Abril. Havia mau tempo na região de Bristol em Inglaterra. Ía a caminho de casa no Berkshire, ao volante do seu carro na M4, enquanto falava com a namorada ao telefone. Alta velocidade, distracção e pouca sorte levaram-no para uma morte súbita e inesperada.
Tinha acabado de sair do estúdio onde se encontrava a gravar com o ex Fleetwood Mac Peter Green.
Para a história fica uma invejável discografia. Participou em 66 álbuns, bem como teve outras aparições menores num grande número de outros.
Na verdade, creio que se perdeu um dos maiores bateristas da história do rock!
O Cozy nasceu em Cirencester, uma cidade no centro sul de Inglaterra, que tem mais ou menos a mesma distância, a sul, a Ilha de Wight, a oeste Newport e a leste Londres. Para quem nasceu em 1947, viver naquele local deve ter sido uma loucura. Poder ir a Festivais como Wight, Newport ou Reading, que também não era longe… Ele esteve lá! Viu a história ao vivo e participou nela.
Aos quinze anos andava no liceu e pensava dedicar-se ao teatro. Teve um primeiro contacto com a bateria e Xau! Aos quinze já era o baterista da sua primeira banda, os Corals. Foi logo classificado como um excelente baterista.
Francamente, não sei o nome dele mas sei que o Cozy foi buscá-lo a uma tremenda lenda, o baterista de jazz Cozy Cole.
É claro que esta vocação ía dar-lhe cabo da educação. O liceu passou à história e foi então trabalhar para um escritório. Foi só para ganhar uns dinheiritos para comprar a sua primeira bateria. Entretanto passou por um mal menor chamado “The Sorcerers”, uma banda pop. Na realidade, a banda até escapava.
Nos anos sessenta tocou até bastante, especialmente na Alemanha. Cerca de 1968 voltam para Inglaterra baseando-se em Birmingham. É aí que, uma certa noite, enquanto tocava num bar, foi ouvido a primeira vez por uns rapazes que lá estavam a curtir. Para os mais velhotes não são desconhecidos os senhores Robert Plant e John Bonham, o Noddy Holder, que viria a ser o vocalista dos “Slade”. Também lá estava o Dave Pegg e o Tony Iommi.
Os “Sorcerers” mudam de nome para “Youngblod” no fim dos anos sessenta. Era o meu pai mais novo que eu, mas pronto.. Entretanto o baixista dos “Move Ace Kefford” junta-se à banda e assim nascem os “Ace Kefford Stand”.
O Cozy junta-se com os ex “Sorcerers” Dave e Dennis Bell e forma os “Big Bertha”. Tocou em 1970 no Festival da Ilha de Wight e nesse mesmo ano ingressou na banda do senhor Jeff Beck. Em 1972 a banda do Jeff Beck desfaz-se.
Algum trabalho vai aparecendo mas a sua vida está relativamente estabilizada. Mickie Most, o empresário do Jeff Beck, arranja-lhe umas participações para Chrysalis Records. Mickie Most e Cozy colaboraram em trabalhos de diversos artistas para a editora RAK, incluindo com Julie Felix, “Hot Chocolate”, “Donovan” e “Suzi Quatro”. Foi neste período que o Most consegue convencer o Cozy para gravar um single instrumental de um tema chamado “Dance with the Devil.” Este chegou ao número 3 dos tops de singles no Reino Unido. Uma inteira geração de bateristas inspirou-se neste tema para se lançar no mundo da música.
No meio de tudo isto, o amor de Cozy Powell pela velocidade levava-o à competição. Correu quer com motos, quer com automóveis.
Em 1976 juntou-se à banda de Ritchie Blackmore, os “Rainbow”, e em 1980 foi considerada a sua entrada para os “Led Zepelin”. A ideia era substituir o John Bonham que tinha morrido depois de beber uns copos a mais ao pequeno almoço. Quatro vodkas quadruplos, 16 shots de dois terços de imperial com 4 decilitros de vodka cada um, e uma sandes de frango que parece que lhe caiu mal.
Mesmo assim o Cozy não chegou a entrar para os “Led”.
A participação dos “Rainbow” no primeiro espectáculo “Monsters of Rock” em Donington Castle foi um assombro. Mesmo assim Cozy deixa a banda logo a seguir, juntamente com Graham Bonnet, vocalista, com quem faz uma banda de nome “Graham Bonnet & the Hooligans”. O seu trabalho de maior projecção foi um single, “Night Games”, lançado em 1981.
Entretanto Cozy foi tocando com outras bandas. Em 1981 com Michael Schenker Group, com os “Whitesnake” de 1982 a 1984. Foi então que Keith Emerson e Greg Lake o convidam para uma banda de nome “Emerson, Lake & Powell”. Esta é uma banda emergente dos originais “Emerson, Lake and Palmer” a quem se junta também Gary Moore; estávamos em 1989.O seu mais famoso projecto é a banda Black Sabbath onde participa entre 1988 e 1991, voltando a ela de novo entre 1995 e 1996. Os fans da Sabbath consideram Cozy Powell o melhor de todos os bateristas da banda.
Entre 1992 e 1993, vai para tour com um projecto pessoal de nome “Cozy Powell's Hammer” onde a figura principal é ele próprio. Neil Murray é o baixo, Mario Parga na guitarra e Tony Martin como vocalista, garantem um som de elevada qualidade.
Algo maravilhoso acontece quando Brian May convida Cozy Powell, Neil Murray e Gary Moore, ex “Whitesnake” e Black Sabbath, para com ele participarem no álbum “Back to the Light”. Este foi o primeiro álbum de Brian May depois dos “Queen”.
No espectáculo “Use your Ilusion” em 1993, Cozy Powell e Brian May abrem o espectáculo dos “Guns and Roses”.
Um período de reflexão, algumas participações e descanso esporádico, iria seguir-se, estando projectada a participação de Cozy Powell com os “Gun” em 1998.
Assim chegámos de novo ao pricípio da história, mas sem mais nada para contar. Morreu um dos melhores bateristas de sempre.
Senhoras e senhores, Cozy Powell deixou a Terra.

Bandas

The Sorcerers (1967-1968)
Youngblood (1968-1969)
The Ace Kefford Stand (1969-1970)
Big Bertha (1970)
The Jeff Beck Group (1970-1972)
Bedlam (1972-1973)
Cozy Powell (1974)
Cozy Powell's Hammer (1974-1975)
Rainbow (1976-1980)
Cozy Powell (1979)
Graham Bonnet & the Hooligans (1980-1981)
Cozy Powell (1981)
Michael Schenker Group (1981-1982)
Cozy Powell (1982-1983)
Whitesnake (1983-1984)
Emerson, Lake & Powell (1985-1986)
Pete York/Cozy Powell (1987)
Black Sabbath (1988-1991)
The Brian May Band (1991-1992)
Cozy Powell (1992)
Cozy Powell's Hammer (1992-1993)
The Brian May Band (1993-1994)
Black Sabbath (1994-1995)
Peter Green Splinter Group (1997)
Tipton, Entwistle and Powell (1997)
The Brian May Band (1998)
Peter Green Splinter Group (1998)

VOW WOW






Era uma uma vez no Japão uma banda de Hard Rock que se chamava Bow Wow. A meio da carreira tiveram a ideia brilhante de atacar o mercado ocidental.
A banda original é de 1975. Tocaram pela primeira vez ao vivo em 1976, mais pecisamente em Julho, em frente aos estúdios de cinema de Tokyo. O sistema foi económico já que tocaram em cima de um atrelado de um camião com energia fornecida pelo mesmo. Deu nas vistas. Foi assim que em Dezembro desse ano lançaram o primeiro album, editado pela editora Invitation.
A banda era composta pelo vocalista e guitarista Kyoji Yamamoto, vocalista e guitarista Mitsuhiro Saito, o baixo Kenji Sano e o baterista Toshiri Niimi.
O Kyoji Yamamoto desde logo demonstrou a habilidade de desenvolver a técina “hammer” bastante antes do Eddie Van Hallen o fazer.
O momento “altamente” da banda no seu início foi quando em 1977 foram a banda de abertura do Tour ao Japão da super banda Kiss. Isto acontece na altura em que promoviam o segundo album da sua carreira, “Signal Fire”.
No ano seguinte os Kiss não voltaram mas foi a vez dos Bow Wow serem a banda de abertura de uns meninos chamados Aerosmith. Seguiu-se Eddie Cochran que do concerto “Super Live” em Junho de 1978 gravou com os Bow Wow em conjunto o tema “Summertime Blues”. Mais um ano e outro album. O album “Charge” sai em em Dezembro de 1978 e exactamente um ano depois, “Guarantee” é o quarto.
Entretanto Kyoji Yamamoto tenta uma carreira paralela à banda, a solo, com o album Horizons, editado em 1980.
Nesse mesmo ano, os Bow Wow lançam três discos, “Glorious Road” em Fevereiro, “Telephone” em Setembro e “X Bomber Suite” em Novembro, fazendo desta incrível banda, a que provávelmente lançou mais albuns “por metro quadrado” num só ano na história do Metal, Hard Metal, Rock ou música de embalar.
Em 1981 foi a vez de “Hard Dog” uma banda sonora para um filme de desenhos animados com o mesmo nome.
Em 1982 os Bow Wow aparecem pela primeira vez na Europa. Tocam no Festival de Reading e estranhamente no festival de jazz de Montreux. Para capitalizar estes actos de bom gosto, a Roadruner Records lança na Europa o album “Asian Vulcano”. Sem duvida um vulcão que transforma em entusiata cada um que os ouve.
Ainda nesse ano a extraordinária editora Heavy Metal edita “Holly Expedition” e lança através da Roadrunner o album “Warning from stardust”.
Ambos os albuns vão receber reacções muito positivas dos media.
Para calma e bem estar, Kyoji Yamamoto edita mais um album a solo. “Electric Circus. A sua reputação de “metaleiro” cresce a olhos vistos.
Yamamoto não é apenas responsável pela descoberta ocidental do metal oriental. É também responsável por uma mudança de atitude na forma como se via o hard ou o metal que se faziam desde Hong Kong até ao Japão.
Para evitar colidir com uma loucura do Mr Malcom McLaren chamada Bow Wow Wow, a banda muda de nome passando a chamar-se Vow Wow. Muito inventivo...
A estrutura da banda muda. Mituro Saito, sai. Entra o ex vocalista dos Noise, Genki Hitomi e Rei Atsumi, teclista dos Sense of Wonder e dos Mondancer.
É já com esta formação que em 1984 sai “Beat Of Metal Motion”.
Durante a sua vida enquanto Vow Wow, mais seis albuns foram editados.
Em Junho de 1985 “Cyclone”, Janeiro de 1986 com produção de Tony Platt “III”, em Julho de 1986 “Vow Wow Live” que no Japão saíu como “Hard Rock Night” e em Setembro de 1987 “Vow Wow V”, gravado em Ibiza tendo como produtor Kit Woolven.
John Wetton, baixista dos Asia e dos Uriah Heep, participa no single “Don't Leave Me Now”.
Em 1988 é editada uma compilação de todos os albuns dos Bow Wow. Nesta altura já a banda vivia há dois anos em Londres.
O baixista Kenji Sano sai e é substituído espantosamente por Neil Murray, ex Whitesnake, baixista de Gary Moore. É caso para dizer, Wow.
Foram momentos altos estes no Reino Unido que culminam com “Live in the UK”, um video gravado no London Astoria em Março de 1989.
Murray sai entretanto para os Black Sabbath. É substituído por Mark Gould, um baixista norte americano que participa no que viria a ser o último album da banda, Mountain Top, editado por Bob Ezrin.
Estamos em 1990 e a banda divide-se. Yamamoto cria a banda Wild Flag e Atsumi junta-se à Revolution of Red Warriors.. Yamamoto vira-se em exclusividade para o mercado japonez. E quando em 1995 lança o mini album “Bow Wow #0” fa-lo de novo com o nome original da banda.
Um novo alinhamento da banda acontece com a entrada do vocalista Tetsuya Horie, o segundo guitarra, Hiroshi Yaegashi, o baterista Shotaro Mitsuzono e o baterista Eiji Mitsuzono. É com esta formação que sai “Bow Wow #2”
Em 1998 editam um mini album de nome “Still on fire”. Neste apenas participam Saito, Yamamoto e Niimi.
Em Julho de 1999 sai “Ancient dreams” que teve a participação de Kyoji Yamamoto como vocalista, o guitarrista Mitsuhiro Saito, o baixista Daisuke Kitsuwa e o baterista Toshihiro Niimi.
Para a presentação deste trabalho ao vivo, Kenji sano voltou à banda. “Live explosion 1999” é feito com excertos desses espectáculos.
Uma vez mais Sano deixa a banda vindo para o seu lugar o baixista de estúdio Daisuke Kitsuwa.
"Beyond” sai em Dezembro de 2000, “Another Place” em Julho de 2001, “What's Going On?” em Fevereiro de 2002, o album ao vivo “Super Live 2004” sai em Outubro de 2005 e logo em Novembro sai “Era”.
Uma banda decididamente pouco conhecida no ocidente já que quem os ouviu hoje já é velho para a malta que curte o metal actual.
Ninguém ouve Vow Wow, mas falar deles sabe bem! Fica aqui o conselho para quem gosta de metal pesado, vão à net e procurem. Não é preciso saber japonez para entender que os Bow Wow, ou Vow Wow, são altamente, e brutais.
Imaginem olhar à volta e ter montes de malta muito jovem, e depois um monte de pessoal com cinquenta e tal anos, tudo a abrir.

Mokk’zz séz Xauz.