Na minha história sobre o Vila Metal referi duas bandas entre todas as muito fixes que lá estiveram.
Refiro-me a Hacksaw e a The Oracle. Não fiquem lixados porque o Blog é meu e não vou deixar de gostar dos outros um decibel por causa de falar destes.
É que tinha que voltar ao tema depois de me virem chatear com opiniões pessoais em que me querem democráticamente obrigar a mudar a minha opinião.
Vou começar por falar de BloodSwapp... pá, pessoal, pra mim este é um tema de amor, é uma canção de amor.
Não falei com o Lisboa sobre isto, nem vou falar, porque quando chego ao pé do pessoal das bandas sínto-me tão minima que só me apetece gritar. Mas se lermos a letra com atenção e retirarmos a componente sexual que vai nos cornos de uns quantos, pá, isto é amor, uma entrega, uma submissão, uma troca de sangue que se pede por tudo em qualquer dimensão, da mais cardíaca à mais negra.
Está no apelo dela. È latente... She is on her knees, asking please, she wants more, load on her mouth, she wants it, she needs it, she’s asking please, Bloodswap.
She’s asking please é quase implorar de olhos fechados por um desejo.
De uma forma geral todo o album Rise and Disobey é um acto de libertação e respeito pela existencia. As palavras finais do tema In Corpus são bem a prova disso no verso em que se diz, Disobey, revolt your way, free yourself, let god have a birth. Chegar ao ponto de pedir para deixar Deus conceber... é acima de todo o sentir.é aquilo a que chamam liberdade dentro dos canones existentes ser convertido totalmente em prol da liberdade real.
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Bem, passando agora para The Oracle para quem dedico uma palavra de apreço especial para a Micaela, que sei que conheceu o meu Papzz por minha causa, quer isto dizer, parece que foi por causa das minhas fotos e da minha irmã, no Space dele, mas também para o meu outro ser preferido da banda, o vocalista, o Pedro Silva.
Obrigadão que vocês todos autografaram essa obra extra que é o Metaphortime mas o Papzz passou-me o Secret e gostei muitos dos poemas, da sua profundidade e inteligencia de conteúdo.
A minha corajosa alma que fica para aqueles que a vêem é uma conformização com o possível limitado a alguns. A alma dissociada do corpo porque das dúvidas de actos de amor é a alma que sobrevive. Pá, posso tar errada e toda baralhada mas é assim que entendo.
Em Secret passa-se do mistério do sentir pessoal para a dúvida exterior. Um lugar onde ía mas que só em sonhos é que lá podia ir, um local verde, onde a alma era livre num local cheio de ar puro.
Mataphortime revela-nos uma evolução clara. Um dos temas que mais me agradou foi The Great Masterpiece onde The pain of a sick heart, a cool breeze under my spine, ... All this time, all this hate, all this sadness, I still feel this, Love inside, Love you left in me… isto quando The day will arrive, they will rise. Uma formula de amor é transmitida de uma forma extrema.
A voz da Micaela parece-me ainda mais bem enquadrada.
Uma banda do metal extremo e outra do gótico conseguiram em conjunto dar-me um abraço de emoção e calor.
Keep Metal, como diz o Papzz