sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Vicious Five; brutal rock!



Falar de Vicious Five ao fim de cinco anos é uma necessidade.
Já ouviram? Ups, pois é treta comercial e ainda por cima são portugueses. Não não pessoal; estão enganados. Nada comercial; som do coração!
A banda é composta pelo vocalista Joaquim Albergaria, os guitarristas Bruno Cardoso e Edgar Leito, o baixista Rui Mata e o baterista Paulo Segadães.
A banda tem editados até ao momento três albums. The Electric Chants of the Disenchanted e Up On The Walls foram os primeiros, aos quais se seguiu recentemente Sounds Like Trouble.
Realmente Sounds Like Trouble assenta que nem uma luva. As vossas mães e os vizinhos vão-vos arranjar sarilho se vocês não baixam o volume.
Mas para se conhecer por alto estes Vicious há que voltar um pouco atrás. Curtamos então.
A banda tem atitude entre o punk e o rock e há quem os classifique hardcore. O Joaquim Albergaria tem uma força em palco de partir completamente. É que, desculpa querido, mas pronto, olhas para o espelho e não era isso que esperavas de ti.
Há uns tempos li alguém que escrevia sobre ele que quem o viu ao vivo, de certeza reparou no sempre entusiasta vocalista. Não há quem para o homem. O primeiro disco dos The Vicious Five chama-se Up On The Walls foi um documento pós-punk com tempero rock. Faz-me lembrar umas cenas perdidas no vinil dos anos oitenta.
Os Vicious são uma curte. Eles ensinam-nos a respeitar uma banda antes de a ouvir. São uma banda a abrir com um balanço muito potente.
A primeira vez que os ouvi, juro, disse para mim, este puto vai dizer olá mamã que tou aqui.
A sua ascendencia do hardcore se for tão real como alguns afirmam pode justificar a atitude menos conformista.
Eu sei que é estranho mas o Bill Alley quando escreveu o Rock Arroud the Clock, queria escrever uma música que não fosse possível de dançar. Se não for assim, escrevam ao meu Papzz e chamem-lhe nomes que foi ele que me contou a cena. Ouvir Vicious e pensar em dançar obriga a uma análise introspectiva; serei mesmo capaz de dançar?
Kool; yes. É claro que sim. É tudo uma questão de espírito e vontade.
No meio disto é inesperado encontrar uma banda como os Vicious editada pela Loop Records, uma editora da área do hip-hop, mas que entretanto editou bandas como Camarão ou Mecanosphere. Tá-se bem.
Se há Vicious para o futuro? Acho que sim. Afinal no Festival Sudoeste do ano passado, quando o entusiasmo e cansaço tavam no topo, último dia, estes rapazes desconhecidos para a maioria tiveram um montalhão de people a segui-los.
Um conselho que vos dou pessoal, em vez de tarem aqui a perder tempo a ler vão a net ver onde é o próximo concerto deles e fiquem Vicious dos Five.

Por Mónica Lindo

Ava Inferi




Em 2 de Março no Hellhounds Fest eles estavam lá com The 69 Eyes e Tiamat.
Depois de 29 de Maio a 1 de Junho, em Leipzig na Alemanha, no Wave-Gotik-Treffen entre nomes como Opeth, My Dying Bride, VNV Nation, Client, L'Âme Immortelle, Draconian, Combichrist, Clan of Xymox, Current 93, Cranes, Lacrimas Profundere, Melotron, Peter Murphy, Psyche, Umbra et Imago, Theatre of Hate, Atargatis, Illuminate, Otto Dix, Nosferatu, Frozen Plasma, Section 25, sToa, Agonoize, Aesthetic Perfection, FGFC820, Cat Rapes Dog, Sara Noxx, Blitzkid, Klimt 1918, Ianva, Painbastard, Camerata Mediolanense, FabrikC, aparece Ava Inferi.

Posso dizer que tudo começou em 1974 quando o Rune Eriksen nasceu na Noruega.
O Ruke tornou-se conhecido pelo seu trabalho como guitarrista da banda Mayhem, que deixou em 2008.
Participou também nas bandas In Silence, Aura Noir, Mezzerschmitt, 1349 e Amicus.
Entretanto em 2005 muda-se ridiculamente, ou não, para Almada. Cacilhas deve-o ter feito lembrar dos fiordes.
É em Almada que vai criar em 2005 este projecto de doom gotic que dá pelo nome de Ava Inferi. A banda é composta pelo Ruke, a voz de Carmen Simões, Jaime Ferreira no baixo e João Samora na bateria.
Afirma-se que uma das ideias que levou a formação era a necessidade de libertar e canalizar frustrações e misérias da vida. No site oficial lê-se “A portal to the never-ending well of expression and creativity…”
O primeiro álbum, Burdens, foi lançado em Janeiro de 2006. O segundo álbum, The Silhouette, em Outubro de 2007.
Fazer nascer os Ava nem sequer foi difícil. A Carmen tem uma experiencia vastamente reconhecida, em especial por também ser membro dos Isiphilon.
A sua é uma das grandes vozes portuguesas da actualidade. Nascida em Almada, foi nessa cidade que a Carmen começou a deliciar os muitos entusiastas do estilo gótico, no início dos anos 90, como vocalista dos Poetry of Shadows.
Burdens, o primeiro album, é o resultado da convergencia colectiva da alma dos Ava no princípio, com temas associados ao medo, à dor, a desacontecimentos…
Na Primavera de 2007 a Carmen foi a vocalista no remake de Under the Moonspell dos Moonspell.
Doom, doom, doom, na minha opinião, e sem proximidades a fado.
Para ouvir, por exemplo, no Festival Caos Emergente em Recarei, em Setembro.
Não tem nada a ver se se puderem, oiçam Desire.
Depois não digam que não os avisei.


Por Mónica Lindo

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Ibrida ou a vocação dos agricultores comerem croissants.


Atendendo a que esta tarde eles vão abrir o BarcoFest09 em São Cláudio de Barco, perto das Taipas, Guimarães, decidi colocar aqui um textinho que escrevi há dias para um jornal...

...

Tava muito bem nos copos com os amigos quando uma vez mais o meu papzz me telefonou e me disse para ouvir com atenção esta nova banda, os Ibrida.
Bem, especial para quem anda pelos lados de Guimarães, eles são das Taipas, inauguraram-se no ano passado com direito a feriado e tudo; o vinte e cinco barra quatro.
Altamente irreverentes numa primeira análise. Estão convencidos que atacam problemas sociais, mas isso toda a gente desde o Elvis até ao Dead Metal diz. Até o zebra do Mickael Jackson dizia o mesmo.
O que eles querem mesmo é fazer um rock progressivo, meio metal, rezarem para serem encontrados e por isso virem a ganhar umas massas; para os croisants.
Como gostam de ir para o rio nadar nus, acho que se deviam chamar Idrica porque “ibridos” é o que não são.

Por Mónica Lindo

Behemoth





Eu até nem ía falar deles porque afinal não vão ao BarcoRockFest09, nem são amigos dos Ibrida, mas mudei de ideias quando os encontrei no programa do Caos Emergente como primeira banda, lado a lado com os Moonspell.
Levem os vossos pais e segurem-lhes a cerveja quando eles já não se aguentarem de pé.
Os Polacos Behemoth são uma banda de black death metal formada em 1991.
O guitarrista e vocalista Nergal foi fundador da banda aos 15 anos provando assim que quando se faz uma banda tão novinho, se pode ser diferente dos Tokio Hotel.
Behemoth implantou-se brutalmente como banda de black metal de underground. Entretanto com o seu desenvolvimento, o som tornou-se mais death metal embora que se tenha sempre mantido um som caracteristico do black permitindo assim cumprir a sua imagem perante uma grande e diversa legião de fãs.
A mudança de estilo deve-se significativamente ao seu baterista, o Inferno.
Endless Damnation, que foi o primeiro trabalho da banda. Depois de algum tempo, eles lançaram um Demo, From the Pagan Vastlands que foi gravado pela Pagan Records Após o lançamento do EP And the Forests Dream Eternally seguido do álbum Sventevith , Storming Near the Baltic, a banda adquiriu um novo posicionamento.
Não percam a possibilidade rara de os ver ao vivo em Recarei, Paredes, no Caos Emergente em Setembro de 11 a 13.

Por Mónica Lindo